sábado, 18 de agosto de 2012

Tal Pretume


Devora-me ser estranho,
arranque minhas entranhas
faça as tuas caras estranhas.

Me engane, corrompa a língua
injeta teu sexo no meu perfume
e adeus aos bons costumes.

Concorra-me no bingo,
rasgue minhas roupas na tarde de domingo
coma-me igual ao prato findo.

Cante baixinho uma melodia,
toque meu corpo todo dia
e até logo à minha solitária orgia.

Venha, engasgue-se na minha porta,
deixa o amor para a próxima
e fique até amanhecer

Banhe-se em mim
cuspa teu desejo em outras línguas e latim
e goze até não ter mais fim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário