Tantos
desejos, tantos erros, tantos acertos.
Tantos
tantos
Que faltam
tantos.
Só não
se esqueça dos poucos,
Dos mínimos,
dos mimos e
Dos meninos.
Tantos sonhos, tantos planos, tantos panos.
Tantos
danos
Que faltam
humanos.
Só não
se esqueça que para tudo mudamos.
Um gole
de água fresca,
Um bom
dia na manhã da seca
Um romper
de cerca.
Só não
se esqueça de cada cor.
A vida
pequena levada pelo condor
O néctar
do pólen no bico do beija-flor.
Só não
se esqueça do amor, nem da dor.
E é
tanta sede nesse mundo,
É tanto
querer sem fundo
E é
tanto perder
É tanto
anjo-defunto.
Vivemos
em um mundo com sede
Que não
tem sede.
Só não
se esqueça das preces.
Dos dias
e das noites.
Das mortes
e das vidas.
Das
idas e das vindas.
Só não
se esqueça,
Que em
um dia qualquer, tudo desapareça.
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