Ô meu santo, que gira com os pés no chão batido
de tantos tambores
e outros tantos amores,
as mocinhas de coração
sofrido
e as mães de leite
derrabado
Ô meu vaga-lume seresteiro
que vagueia nos
terreiros
anuncia a lua cheia
Um benzimento
contra quebranto
e uns ramos de arruda
porque nessa vida sofrida
toda santa é a ajuda
Ô meu lampião
guia eu e meus santos
e se cansar
que haja muito barranco
porque nem todo santo
é branco
e ainda bem
senão
eu não via o que é bom
Ô dona dos becos
não deixe
que meus lábios
fiquem secos
se não tiver água
que seja ao menos um peixe
num cardume
de beijos.
Foto: Jossier Boleão
de tantos tambores
e outros tantos amores,
as mocinhas de coração
sofrido
e as mães de leite
derrabado
Ô meu vaga-lume seresteiro
que vagueia nos
terreiros
anuncia a lua cheia
Um benzimento
contra quebranto
e uns ramos de arruda
porque nessa vida sofrida
toda santa é a ajuda
Ô meu lampião
guia eu e meus santos
e se cansar
que haja muito barranco
porque nem todo santo
é branco
e ainda bem
senão
eu não via o que é bom
Ô dona dos becos
não deixe
que meus lábios
fiquem secos
se não tiver água
que seja ao menos um peixe
num cardume
de beijos.
Foto: Jossier Boleão