Sabe aquelas palavras que você acha desconexas, sem sentido,
ridículas?
Aqueles dias tristes, as horas mais vazias, o céu mais
silencioso?
Conheces aqueles desejos mesquinhos, a raiva, a inveja e o
orgulho?
Aqueles calafrios ao lembrar de mim, aos ler as minhas
palavras e a minha ausência?
É minha embriaguez.
A atitude de uma vontade sem solidez...
É minha embriaguez.
Que espero para dizer que há amor por uma única vez.
É minha embriaguez.
Embriaguez que jorra o cotidiano nas calçadas.
Sabe aqueles momentos na madrugada, que a saudade vem com
uma ladra?
Aquela hora que o tudo ainda é pouco perante o nada?
Conhece de cor aquele texto que sempre termina com
reticências?
Aquela sede labial por um suave toque de amor real?
É minha embriaguez.
O descompasso de uma galinha choca e magra.
É minha embriaguez.
Que me faz esperar e o não acabar se tornar somente um gole.
É minha embriaguez.
De que um dia, talvez, o sonho aconteça de vez.
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