Nada que vem é de tudo convencional. Há, nas horas vagas, um restolho de hipocrisia, um ensaio de maldade, uma beira de saudade.
Nada que vem é de mais querido. Há, em alguns momentos, uma pitada de carta marcada, uma fatia na faca largada, uma fita de cetim em ouro banhada.
Convencional? Querido? Saudade? Não. Definitivamente. O que lhe veste é a fantasia dual, é jogar corações e cabeças no perigo, é fazer da maldade um exagero de bondade.
Realeza pela sutileza, que mantém acessa a lamparina, igual à menina que bisbilhota pela greta aquilo que a verdade faz careta.
Sem nenhum traço, sem necessidade de longo abraço. Muitas, muitas fumaças de tabaco e jóias raras em pedaços. A vontade de viajar varrendo o vento nas velozes velas do nunca tempo. Na chegada, o cansaço e do ouro da vida, algumas reais margaridas e o adeus da sacada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário