domingo, 19 de junho de 2011

Lápide



Há dia que morremos.

Morremos aos poucos, como uma lesma que rasteja-se a noite toda, para no fim, chegar à folha desejada. 

Há noites em que nosso coração se endurece, para de pulsar, recusa-se a respirar e só lhe resta desnudar os olhos para o medo. 

Há momentos em que é preciso estar de luto, recolher a nobreza e escrever sobre os sentimentos, em sua lápide: eu fui morrendo por vontade minha. 

Eu morri em vida porque aceitei a coragem de ser eu e amar foi o erro mais certo que cometi, pois me 
tornei mais vivo.



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