Rasga esse fino véu
que escurece o doce
céu.
Pari este Reino que é meu
e teu.
É nosso pequenino
menino.
Parteiras dessa vida
rebelde
que adoçam as dores
e acalantam as vozes.
Doce, doce vida
que é embrenhada
na calada,
emprenhada.
Parteira dessa terra
que nos une
em teias.
Retire os meninos e meninas
das escuras minas.
Clareia e encha
nossas veias.
Nos faça
fortes
para que as faces feias,
frias
não sejam armas
aos nossos
fortes.
Doce, doce vida
de cada criança
crescida
que agora pega
seu arco
e com ela
eu vou e parto...