quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Era uma vez.


Quanto tempo leva para o amor? Quanto tempo leva a luta pelo amor? Quais os perigos e as perguntas que você enfrentaria para chegar, finalmente, a estar perto de seu amor?

Nos últimos dias, tenho me movido pela magia. Talvez, a magia de (não) estar amando. Talvez, a magia de lutar, nesse mundo paralelo para retornar à casa. A casa em que mora o Amor. Esse movimento mágico, vindo por meio da série "Once Upon a Time" e de sua história, faz-me questionar-me qual o limite de cada um que faz o amor nascer. E mais, que limite é esse que faz o amor durar pelas eras?!

Branca, Encantado, Chapeuzinho, Regina...personagens que desenrolam uma trama graciosa dos nossos tão conhecidos Contos de Fadas...E claro, elas, as Fadas, também se rendem ao mistério de amar.

Curiosa é a forma que a mais perversa das maldições atingindo todos os personagens parte do Amor, do Amor eterno. Daquilo, que sempre (ou nunca) temos a chance de dizer: "para sempre". E é essa maldição, que na verdade, está o desejo de Regina, a Rainha, de "simplesmente" ser amada. Não só ser amada, mas estar perto do seu amor.

É uma história, a princípio, boba que faz um link entre dois mundos: o nosso (dias atuais) e o outro mundo (o encantado), em que cada um/a é, de uma forma ou outra, afastado/a de seu amor. Chapeuzinho, que tanto teme o Lobo e ao suspeitar de seu grande amor, ser a fera, no fim, descobre que ela mesma é a própria fera que devora esse amor.

Até mesmo o grande "Senhor das Trevas", procura, no fundo a fórmula rara do amor e assim guardá-lo, seguramente, pelas eras... E aí, pergunto-me que forma estranha é essa que nos move? Se não for o Amor a nos mover (até mesmo para o ódio), o que será?

Arrancar o coração, na voz do próprio Mr.Gold/Rumpelstiltskin ou da Rainha Regina é deixar o vazio no peito. Um vazio, que vez ou outra experimentamos. Um vazio de amar, que sem ele não serei eu.



Daí, surgem as sagas: cada um com sua jornada para ultrapassar os limites do tempo e encontrar, de forma heroica (da maneira de cada um), esse motivo capaz de preencher o vazio que nem o tempo, nem as eras, nem as dores são capazes de (des)construir.


O gesto de abrir mão de si pelo outro, de perder o medo para proteger o amor, torna-se o ingrediente desse no conto de fadas real para quebrar nossas próprias maldições. Libertar-nos daquilo que não queremos enxergar, por medo ou por covardia.

No fim, não há mal que não sucumba ao amor. Porém, não qualquer amor, mas Um que seja capaz ultrapassar as cercas existentes em nós.


*Sobre a série aqui



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