Discutíamos, brevemente, sobre ter ou não, ser ou não e aí,
veio-me à mente o apreço singelo que
tenho pelo meu “sujeito”. Que, às vezes, ele realmente é sujeito a cada
situação e extrapola a polissemia de qualquer formalidade.
- “Independência ou morte”, falava minha amiga. Mas refleti,
pensei, quebrei a cabeça e dialoguei. Independência ou rebeldia. É isso o que
ele mais faz. Quem tem o “sujeito” sabe e quem não tem entende.
O cara, na sua prisão perpétua, faz o que quer. Recusa-se a
ficar de um lado só, seja esquerdo ou direito, não curte ficar pra cima o tempo
todo. Logo, fica cansado e desfalece ladeira abaixo.
Por nada, motivo algum, ele resolve ficar agitado, rebelde,
quer sair, gritar ao mundo sua indignação de ser o pênis. E quando isso
acontece, não há o que fazer a não ser abstrair a mente e deixar que toda a
crise passe. Sim. Sua crise é repentina. Chama-se bipolaridade. Falta de
análise!
Companheiro? Não. Ele não é. Nos momentos que você mais
precisará dele, como autor ou co-produtor ele te deixará no vazio. Fará de sua
presença tímida, uma vingança tão fiel e cruel que jamais você esquecerá, mesmo
que negue para sempre o fato ‘não’ ocorrido.
É um ser à parte, com um tempo próprio, um coração duro e
vontades questionáveis. Às vezes, tento
dialogar e querer saber o porque de sua natureza egoísta, mas simplesmente
obtenho como resposta: “Lembre-se dos momentos que fomos cúmplices. Isso basta.
Agora, deixe-me em paz e sem torturas.”
Muito, muito bom!! Amei e concordo plenamente... esse "danado" é realmente um rebelde!!
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