quarta-feira, 4 de abril de 2012

Sexta-Feira da Paixão Nossa de Cada Dia



Assim como Jesus Cristo, que teve sua paixão, tantos de nós a temos. Paixão de Cristo que foi o ápice de seu sofrimento para a passagem, uma viagem à transcendência da libertação, da liberdade.

Penso em quantas pessoas, assim como eu e você...e Jesus, vivem sextas-feiras da paixão, com seu sofrimento, derramar de sangue, gotejamento da dor por tantas mazelas – sejam elas quais forem.

Sexta-Feira da Paixão Nossa de Cada Dia, que morremos ao meio da tarde, às vezes com coragem, às vezes com medo, de repente ou não; com hora marcada, ou tempo certo. Paixão de Cristo que também é nossa paixão. Um sentimento rápido e passageiro de si, mas voraz. Que consome quem sente e quem cerca quem é sentido... Igualmente acontece na Paixão.

Quantas Paixões precisamos viver todas as sextas? Quantas Sextas serão nosso momento de viver uma Paixão para poder ter a Páscoa? Não sabemos. Porém, de forma consciente ou não, sabemos que a Páscoa chega – seja de forma clara ou não, seja branda ou tempestuosa, mas ela repousa sobre nós e nossos espíritos, assim como chegou para Jesus.

Santas são todas as sextas-feiras que assumimos morrer nossa paixão, acreditando que há, no terceiro dia a comemoração da vitória que o Amor travou antes com a paixão. São santos esses dias que acreditamos no caráter passageiro dessa paixão. Por isso, todo o silêncio, todo o recolhimento, que não acontece só hoje, mas em todas as nossas Sextas-Feiras da Paixão para que venha a nossa Páscoa: singela, silenciosa e libertadora!

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