sexta-feira, 6 de abril de 2012

Chegue cedo, querido Amor!


As folhas já caem ao chão nesse meu outono,
Os galhos se contorcem desnudados pelas flores,
A terra, se banha entre a brisa leve que amacia as folhagens.

Quantas bobagens!
Pois o sol já está arregaçando as vestes de minha janela,
Ficam pálidas. Ficam fortes e coloridas todas as minhas cores.

Quanta heresia!
Pois o céu não vive só de um amor,
Cada dia há para o coração um ensaio de outro dono.

Vejo daqui: é noite das mil e uma!
Chegue cedo, querido, pois a vida é um perigo.

Conheço tantas coisas: um anjo que fuma,
Duas vidas que voam sobre um puma.
Viaja comigo?

Não chegue tarde! Chegue a tempo!
Pois, há uma ladra que não tarda e leva tudo como o vento.


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