quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Recordações



Ontem à noite senti que chegou alguém. Uma visita inesperada, uma pessoa querida... Aí lembrei-me de quanto tempo fazia que não a via, não sentia seu olhar, seu cheiro. Não lembrava-me dos versos exclusivos que a mim eram feitos, dos planos que delicadamente eram partilhados.

Ontem à noite, tive os melhores sonhos, tive o melhor abraço, a melhor partilha... Sabia que mesmo distante ou não percebendo sua ausência, essa pessoa estava lá, olhando-me profundamente de seu lugar...

Ontem à noite, tive sua companhia, mas foi hoje, ao acordar que realmente concluí: - “É, você esteve comigo esse tempo todo e eu nem notei!”. Numa breve conversa, no despertar matinal, no abraço longo, percebi que o perdão não é para os outros, é para a gente. Que o amor só é amor quando é partilhado e ele – o amor – está acima de loucos devaneios, de insanidades e amoralidades.

Hoje pela manhã,  relembrei o tempo que você esteve presente comigo. Recordei todas as mudanças que fiz em mim e que você silenciosamente ou não, concordando ou não presenciou. Íntimo, sereno, voraz, por vezes, pálido, ora arrojado...corado com tinta cor de sangue, com um doce azul celeste, de olhos serenos, de voz mansa.

Hoje pela manhã, fiz memória de você...e senti saudade de todo o tempo que estive ausente de ti... A saudade era minha e era por você... a saudade era de mim mesmo, esse fiel companheiro, esse amor verdadeiro! Enfim, posso caminhar por mim.

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