domingo, 12 de fevereiro de 2012

O fio de seis entre nós


Um desejo desses que foram nascidos com o vento,
Sem história e sem tempo.
A mansidão que corria igual às folhinhas levadas ao relento.
Um olhar fixo que tecia um leve balanço à cada cor posta,
Entre nós, um fio. Não seis!
Porque um é de muito só. De seis é a medida certa daquele dia.
Coisinha que no tear, ao tempo, acontecia.
Aquele vento nascido com um desejo desses,
Sem tempo e sem história.
Um menino mesquinho que levava em cada costa,
Baldes de pitangas roubadas de forma aleatória.
Aquele fio de nós, aqueles nós que nem eu nem seis,
O tempo só ele foi capaz e se desfez.
Entre nós os nós e a velha que tecia
Noite e dia!
Sabia que amanhã o nunca chegaria,
O pra sempre acabaria...mas  o fio,
O fio lá estaria...tecendo, tecido
Por vezes rasgado, reconstruído em uma nova estamparia.
A moça eterna tecia, mas cansada nem adormecia
Porque sabia, que ao amanhecer o sol viria tecido, vestido
O fio de nós, entre os nós tão sós.

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