quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A Senhora Saudade


Quando estou comigo mesmo, sempre falamos do outro...dos outros.
Dos tempos de outrora.
Das risadas da aurora.
Quando estou comigo mesmo, conversamos sobre aqueles dias que passávamos juntos e até mesmo separados.

E fazemos memória daquelas cartas escritas pela Saudade:
"Estar longe de você é quase uma sensação de outono.
Sinto minhas folhas caindo, secas e o vento levando.
Só não digo que é saudade, porque eu sou ela
e fora de mim, não sei o que é ser eu."

Quando estamos conversando, eu e nós, sinto essa angústia terrível
de ser acrescentado pelo meu desejo e o teu
e no mesmo sentido de nossos sentidos,
a proibição.

Fica sempre mais brando quando nos juntamos em mim e escrevemos a você:
" Também sinto que estar longe de você é uma sensação de deserto.
Passo a noite fria e congelante andando para encontrar você, ao amanhecer,
mas é quentura demais para estar perto.
Só não digo que morrerei porque teu desejo secará
e não posso deixar minha Saudade órfã".

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