Se todos os olhares fossem fiéis assim como a vida insiste
em dizer que temos um pouco mais para olhar.
De tantos os cantos que escutamos, palavras soltas e desejos revoltados que se desprendem da
melodia para tornarem-se uma mera ironia. Mas a vida não a seria? Talvez.
Se todas aquelas palavras que foram cortadas antes mesmo de
viverem fossem gaivotas perdidas longe do mar.
De tantos abraços imaginados e beijos incontáveis, que se
rasgam silenciosamente corpo inteiro para tornarem-se só um aparente descaso.
Se fosse não fosse luz, não seria assim tão cruel toda a
escuridão.
De tantos medos tolos, que deixamos nós dois escorrer entre
os dedos numa noite de luzes foscas.
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