domingo, 11 de março de 2012

Permita-se!



Desvende-se até o mais impossível eu como se fosse o outro.
Carregue-se de ternura e põe na mala a bagagem daquilo que recebes.
Descubra-te todos os dias como se a cada anoitecer desconhecesse o anterior.
Renda-se ao óbvio como se fosse a tua parte menos comum.
Entregue-se ao comum para entender mais o mistério de viver.
Desnude-se do sensível véu que veste tua alma para sentir com a essência.
Desbrava-se igual a criança que sorri de seu próprio olhar de nudez.
Permita-se sentir a imensidão do outro.
Permita-se viver a alegria com o outro.
Permita-se sorrir para o outro a cada início de dia e fim de noite.
Permita-se olhar brandamente a sua alma no reflexo do outro.
Permita-se a permitir os fluídos da vida que chegam em você.


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