domingo, 20 de março de 2011

Resposta ao coração


Devolvo-te, senhor Coração, os questionamentos a mim feitos.
Confesso que testemunhei atos desonestos!
Acompanhei de forma leviana todos os seus protestos.
Acomodei-me sentado à mesa tomando café com a esperança.
Concordo que eu e ela deixamos o tempo passar.
Sim, acredito que foi culpa da senhora chuva que veio na hora errada.
Não avisaram-me para ir em degraus, pela escada.
Senhor, sinto-me culpado,
Admito que fui flechado e mal curado.
Tentei por um bocado, mas sem resultados.
No momento, poderia deixar-te seguir
Porém, há de convir
O tempo pode passar
E outro amor chegar.
Conversei com a lua,
Escutei o sol
Estou aconselhado a manter o querer
No entanto, sou obrigado a me desprender.
Sim, será melhor esquecer.
Concordo: não dá para brigar com o que há.
Perfeitamente aceitável, não somos íntimos
Meramente conhecidos
Vou rever os passos dados,
As promessas quebradas
Os dias perdidos
Os cacos no chão...limparei
Prometo:
Amar novamente, irei.



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