terça-feira, 14 de setembro de 2010

Língua de Fogo

Aqui, já não encontro mais as verdes árvores, nem o azul do céu.
Neste lugar, os dias são cinzentos com gosto de último momento.
Aqui, não procuro mais a sombra da floresta.
Eu encontro a imensidão da fumaça.
Procuro pelo dia brando e pela noite enluarada
Mas a lua já não vem mais.
Há vergonha e o pecado a encobre com uma renda de fumaça cor de tristeza.
O momento é de um tempo. Tempo gritos. Silenciosos gritos.
Aqui, neste lugar, não encontro o frescor.
Caminho entre as línguas de fogo.
Percorro entre os línguas de fogo.
Desvio deles para passar entre.
Aqui, neste lugar, tudo é fogo: até as pessoas!

2 comentários:

  1. Hum, lembro do luar da noite passada! Aliás o não luar que já não se encontra mais as belas noites de nossa cidade. Lindo texto!!!

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  2. Obrigado por aparecer por aqui e ler os rabiscos. Volte sempre, eu adoro sua presença.

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