quinta-feira, 17 de junho de 2010

Vultos do Cerrado

Ah, aquele frio que embrenhava pelas entranhas
Naquela poeira que impregnava a alma nas estradas...
Novas entradas
Plantas achadas...

Caminho de lobeiras e de lobo
De terra seca e de língua de fogo
Êta! Que povo bobo...
Fogo acaba com gente!

Panela de barro
Barro da panela
Estórias na aquarela bem quente...
No calor do fogão, no tacho

Ah, seu moço
Estrada do jatobá,
Das cantigas do cacuriá
Lugares de Cora...

Bicas de Seu Simino
Flores de dona Cida
Êta gente besta, essa que não conhece
A vida
A prosa
A viola invisível dos pés

O bailado do tucano,
O gingado do vento
No relento do rio...
O meio-dia na gameleira


E a moçada festeira?
Fazendo algazarra pelas pedreiras
Rezando na igreja de São Bento
Acalmando o mau-tempo...


E o seu Antônio?
Das histórias, da Estação 36
Das emas e do patrimônio...

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