Sou o espinheiro que galanteia as cercas
do terreiro,
A doçura do jiló que aborrece
as linhas de tua face,
Sou a rosa que é de uma vida só
desertando a vastidão,
a secura de Jericó,
cada um dos espinhos
que afasta insetos
e passarinhos,
mas chama a água,
Sou a areia farta,
a mistura fina
o toque suave
na visão vasta,
o forasteiro que para,
olha e contempla,
A nuvem chegante
para aliviar o viajante,
Sou sobrevivente, um pedregulho incandescente
andante contente,
nestas areias
em busca da próxima nascente,
a noite clara e fria,
seguidor adiante,
céu rachado
a tempestade,
Sou o raio lançado
o galho retorcido pelas mazelas
o tempo parindo melado,
enchendo de sopro
tuas costelas.
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